Em toda a relação que vivemos existe uma precificação inclusa que muitas vezes de tão sutil esquecemos que ela existe.

Ela é avaliada na maioria das vezes de uma forma inconsciente por nós, demoramos a perceber para onde pende a balança.

Eu digo que precisamos por um preço em nós, como assim? Para alguém conviver conosco temos que ter um custo para este alguém, pode ser na família, com pais e mães, no trabalho com colegas e chefes e principalmente com os parceiros que encontramos pela vida.

A pessoa que não se coloca um preço, não se engane, não tem valor para o outro, é a famosa síndrome de cachorrinho, o dono não dá atenção, não brinca, por vezes bate e até o alimenta mal, mas o cachorro fica lá do lado do dono, esperando as vezes só um olhar para abanar o rabo.

O preço aqui metaforicamente abordado é o respeito e a dedicação que devemos exigir para conviver com alguém.

O outro só nos trata mal quando deixamos, quando esse outro entende que o estaremos esperando não importa o que ele faça ou deixe de nos fazer.

Precisava ser assim, claro que não mas somos seres humanos e temos essa necessidade de dar valor àquilo que nos é caro.

Como por exemplo: muitas vezes só damos valor ao que perdemos, pois quando adquirimos um bem material ou uma pessoa que conquistamos, deixamos de lado por nos sentirmos donos da situação, e ficamos na fantasia de que não perderemos nada, não importa nossa dedicação.

Uma pessoa sem preço não é admirada ou amada, a maioria das pessoas fica na ilusão que se for boazinha com todos, não reclamar, não exigir atenção para suas necessidades vai ser valorizada por todos, então se anula e fica esperando um retorno de tudo o que se dedicou. E como invariavelmente não vem esse reconhecimento sente uma frustação imensa e entra no módulo do vitimismo, para ver se alguém a valorizará.

Como diz Bert Hellinger, na terceira lei do Amor: o Equilíbrio entre Dar e Receber da sua Constelação Sistêmica: “quando recebemos alguma coisa de alguém, nos sentimos obrigados a compensar de maneira correspondente, e até conseguirmos retribuir nos sentimos em dívida com esse alguém. “

Consequentemente podemos dizer que quando você dá mais do que recebe, você pode estragar a relação. Por exemplo, se alguém lhe dá uma maça e você em troca lhe dá uma caixa de peras, esse outro vai achar que você não deu valor para a maça que ele conseguiu lhe dar, com isso se sentirá menor, ficará com raiva e vai lhe desprezar por isso.

Então aprenda melhor a avaliar os seu relacionamentos, comece a perceber o que você recebe de cada pessoa que convive e retorne apenas o que recebe, pare de se sacrificar por alguém que muitas vezes nem pediu para você fazer isso, tente diminuir seu narcisismo querendo o reconhecimento dos outros pelos seu grandes serviços prestados.

E se existe alguém que deve lhe valorizar em primeiro lugar esse alguém é você mesmo e mais ninguém. O que vier depois disso é lucro.

Texto do Livro Guia para casais – Decifrando os fatores para um bom relacionamento.

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